quarta-feira, dezembro 13, 2006

Em um final de tarde recebo uma carta de um grande amigo que está longe demais para um abraço. Abro o envelope e lá está a foto. Não consigo esquecer aquele rosto lindo, que tanto me fez rir e me fez sentir o que é amizade desde muito cedo.
O tempo passa e conhecemos diversos tipos de pessoas. Tem o vizinho, a amiga da faculdade, a turma do colégio, a galera da igreja, o pessoal do trabalho, os amigos do fim de semana. Enfim, difícil dar nomes àqueles que fizeram parte de nossa vida. Porém, algumas pessoas ficam mais que as outras. Algumas têm o dom de te fazer sentir falta do que viveu ou tristeza por não ter vivido mais.
Tem gente que só o sorriso nos faz querer ser melhores do que somos, outras quando ligam quase nos matam do coração ao dizer aquele "olá" depois de tanto tempo, tem umas aí que até já sentimos uma quedinha mas nunca dizemos.
Da vida podemos dizer que amigo mesmo é aquele que pode estar bem longe, mas que nos faz chorar ao lembrarmos das gargalhadas, ou então aquele que te abraça sem perceber que quase te sufocou, ou quando aquela pessoa sorri e lembra que brigou contigo há anos mas que nem sabe o porquê.
Amigo é tudo nessa vida. É mais ainda que amor. Amigo é pra sempre, é perfeito, é ombro, é abraço, é cafuné, é saudade, é paz. Amigo é gritaria, é mão na mão, mão no coração, é palavrão sem te ofender, é puxão de orelha quando preciso, é intimidade.
E, como disse Vinícius, eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos.

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