quarta-feira, agosto 02, 2006

Hoje me deu saudade
De chegar com a pessoa que eu amo na rodoviária de São Paulo cedo, depois de horas dormindo mal no ônibus, e de comprar o cartão da Telefônica (porque eu levei o da Telemar) pra ligar do orelhão pra Sil e Chico. Deu saudade de ver eles chegando, e do casaco vermelho dela, e do sorriso dos dois.
Deu saudade da casa dela, e do cachorro Bartô tão lindo e meigo, e da família dela, e também do oratório budista tão bonito e bem instalado na sala. Deu saudade do pai dela que conhecemos muito rapidamente e que brincou com os corinthianos. Deu saudade ainda do dvd da Ana Carolina - que vimos quase todo - na hora de dormir, e que o Chico não viu quase nada porque dormiu logo roncando a beça.
Deu saudade da pizzaria na frente de casa, e que eu derramei coca na mesa e virou uma bagunça só.
Bateu saudade de conversar muito e rir também. Da Praça da república, dos cordões que tem lá, do artesanato e do pastel de queijo. Deu saudade do metrô, da tiazona tão fofa que me deu uma blusa escrito SP, de conversar com o Rodrigo no telefone bem tarde da noite. A saudade também veio, lembrando do desencontro com ele, na Estação da Luz. Da correria, de ligar pra saber, de ir lá e cá e finalmente saber que ele voltou pra casa e já estava dormindo.
Me veio na cabeça o Museu da Língua Portuguesa com tanta coisa legal, Grande Sertão, A Pinacoteca, o milho (vício da Sil), o filme Espíritos visto de perto e com os pescoços doendo por causa da poltrona mal posicionada, e dos pulos de susto da Sil acompanhados de uma gargalhada boa. Deu saudade do biscoito que comemos lá e dos panetones fora de época.
Dá saudade lembrar do Ibirapuera, do abraço do Rodrigo, das risadas dele, da zoação da Sabriiiiina e Jâime, das fotos, dos livros emprestados... Dá tristeza lembrar de ele indo embora no metrô e eu sem poder fazer muita coisa, e do abraço mal dado - porque nenhum seria bom o suficiente - e da promessa de se ver e zoar muito de novo.
Morro de saudade do ABC paulista, do pombo Aparecido, da família amável do Chico, da macarronada que ele fez, do filme Noiva Cadáver que não vimos nem meia-hora porque dormimos todos, do chocolate ao leite, da bagunça "abençoada", e de tantas coisas.
Dá saudade até da triste despedida, em que eu chorei até o dia seguinte no Rio, e que choro até hoje, e dá vontade de voltar sempre e todos os dias só pra não perder de vista quem se ama.