terça-feira, novembro 29, 2005

Há um sentimento que está no mesmo patamar do amor: a amizade. Ela abrange esse mesmo ardor e emoção com a qual estamos acostumados a ler nos livros românticos, e tem ainda um quê de ousadia e diferença, pois no amor - infelizmente - nem sempre há a amizade.
Navegando pelas visões emocionais presas à mente e coração, posso falar aqui de Evandro Marques A história inicia-se em uma lista de discussão da Legião Urbana e eu nem quero saber como termina, exatamente porque, para mim, não há a necessidade de ter fim. Seus textos elevam-nos, faz-nos pensar em algo mais. Ele está além do meu simples pensamento, e sinto como se minhas falas fossem analfabetas. Sua visão de mundo esclarece-nos o que nunca pudemos ver e sentir, e seu modo de pisar no escuro revela-nos a coragem de alguém que busca o infinito.
O tatear de alguém preso em um mundo estranho e o esforço em encontrar-se sozinho para se viver plenamente... esse é o caminho do poeta. Sentir a verdade e até mesmo a mentira, para conhecer as duas faces e saber equipar-se de todo um sentimento, que, de tão pesado, torna-se fardo... Eu tento. Tento escrever a realidade através do que vejo, mesmo que as palavras do nosso alfabeto tornem-se inúteis na infinita descrição do que é ser alguém considerado incompreendível, louco, insano, irracional, forte, frágil, cabeça, ilusório, artista, débil, profano, teólogo.
A vida do poeta é passar no mar de todos os sentimentos ao mesmo tempo e assim mesmo achar que foi só uma ligeira impressão.

1 comentários:

Evandro Marques disse...

O q dizer? Muito obrigado!