quinta-feira, novembro 08, 2007

Ontem tentei dizer a uma pessoa o que é Jesus, para mim. Tentei, também, explicar o quanto o amo, necessito, sinto... Engraçado. Não consegui. Há coisas que ficam mesmo sem a explicação. É como o ar, que você sente, respira, voa, mas que não tem uma forma definida de dizer como age em você. É como a angústia, que você sabe ser um aperto no peito, aquela clara e evidente dorzinha que te deixa sem dormir, mas que se alguém perguntar, você não consegue descrever. E ali, sem palavras, desisti de dizer. Eu somente sinto, e não sei como, mas Ele sempre está lá por mim, ou aqui, ou em qualquer lugar. E o sentir é tudo, e vai além de qualquer explicação humana.
Um amigo meu era ateu, até um mês atrás. Ele não precisou ouvir o sermão pastoral, ou ver um mudo falar, ou um paralítico andar. Ele simplesmente sentiu. Enquanto dirigia, triste, sentiu algo incomum invadir seu coração. Ele, ao tentar me descrever, disse que foi algo que ele nunca sentiu, uma alegria absurda e maior do que aquela que ele pensava ser a verdadeira, uma vontade de chorar sem explicação, um paz tão doce e singela que chegava a doer, de tão pura. Ele soube que isso era Deus, porque somente Ele seria capaz de fazer brotar esse sentimento em seu coração.
Às vezes, palavras não bastam. É preciso sentir.

1 comentários:

Éverton Vidal Azevedo disse...

NOssa Paula, eu já ouvi e até presenciei muitos testemunhos do tipo, e sinto também a mesma coisa. As palavras nao bastam, ficam pequenas na hora de falar da Graça de Cristo.

Talvez por isso Paulo 'exploda' em um: "Oh profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juizos, e quão inescrutáveis os seus caminhos"...

Porque é só isso (e coisas do tipo) que uma alma que o SENTE pode dizer.

abraço!