Tudo nessa vida se acostuma. Não é isso que ouvimos sempre, ao longo de nossos anos?
Semana passada fui ao shopping. Precisava de um calça jeans tradicional. Eu sou chata mesmo para adquirir uma peça de roupa. Não pensem que sou enjoada com modelos da moda, ou que procuro o que valorize essa parte ou aquela. Não é nada disso! Eu sou chata com o preço. Somente duas vezes na vida aceitei pagar mais de R$40,00 em uma calça, e isso pensando muito bem na nova aquisição. Chamem do que quiser: sovina, mão fechada, pão-duro, ralé.... podem ficar à vontade. Mas acontece que ralo pra conseguir minha grana e jamais pago além do que o objeto mereça. E, lá estava eu, à procura, quando me deparo com uma calça jeans-moleton (odeio!), sabe, daquelas que grudam no corpo e são praticamente usadas por funkeiras e afins? Essa aí. E lá vejo o preço: R$249,00!!! Eu pensei ter visto 2x R$49,00 (o que, para mim, já era um grito), mas não, o preço era aquele mesmo! E eu fiquei pensando no porquê de aquela calça tão sem nada, tão simples, tão fútil teria um preço desses. O detalhe que ela tinha eram uns brilhinhos na cintura. Bom, talvez fossem banhados à ouro, pra encarecer tanto assim... sei lá.
O fato não saiu da minha cabeça a semana inteira. Lembrei que há uns 5 anos trabalhei com uma moça que dava quase todo o salário em uma calça Gang. Eu jamais entendi isso, e esqueci o assunto. Quando vi essa calça, nesse preço, naquele shopping da Zona Norte do Rio continuei pensando o mesmo que há 5 anos atrás: de que a futilidade não sai de moda.
Nós gastamos tempo, dinheiro, sorrisos, palavras, com coisas e pessoas fúteis. Algumas pessoas passam horas no salão pra estar melhor que a rival na festa, outras sorriem tanto que o sorriso chega a ser ridículo de parecer tão congelado e elas nem notam isso, outras compram uma casa no melhor bairro para ter o que mostrar para os amigos, outras namoram pessoas populares para serem aceitas em um círculo social, outras passam por cima de seus princípios por medo de ficarem sozinhas, outras compram aquela roupa horrorosa por um preço altíssimo só para ter uma etiqueta para mostrar.
A minha calça escolhida na semana passada custou R$19,90 e eu me senti maravilhada depois de vestida. Eu não me senti com culpa pelo preço, nem tentada a gastar mais. Valeu a pena, afinal, é só um jeans. Não era pra levarmos um susto com o preço da minha calça, mas sim com o preço daquela calça que é quase um salário mínimo.
E enquanto alguns gastam horrores com produtos descartáveis, há crianças pedindo cinquenta centavos na calçada do shopping, mas ninguém vê. As bolsas de luxo atrapalham.
Semana passada fui ao shopping. Precisava de um calça jeans tradicional. Eu sou chata mesmo para adquirir uma peça de roupa. Não pensem que sou enjoada com modelos da moda, ou que procuro o que valorize essa parte ou aquela. Não é nada disso! Eu sou chata com o preço. Somente duas vezes na vida aceitei pagar mais de R$40,00 em uma calça, e isso pensando muito bem na nova aquisição. Chamem do que quiser: sovina, mão fechada, pão-duro, ralé.... podem ficar à vontade. Mas acontece que ralo pra conseguir minha grana e jamais pago além do que o objeto mereça. E, lá estava eu, à procura, quando me deparo com uma calça jeans-moleton (odeio!), sabe, daquelas que grudam no corpo e são praticamente usadas por funkeiras e afins? Essa aí. E lá vejo o preço: R$249,00!!! Eu pensei ter visto 2x R$49,00 (o que, para mim, já era um grito), mas não, o preço era aquele mesmo! E eu fiquei pensando no porquê de aquela calça tão sem nada, tão simples, tão fútil teria um preço desses. O detalhe que ela tinha eram uns brilhinhos na cintura. Bom, talvez fossem banhados à ouro, pra encarecer tanto assim... sei lá.
O fato não saiu da minha cabeça a semana inteira. Lembrei que há uns 5 anos trabalhei com uma moça que dava quase todo o salário em uma calça Gang. Eu jamais entendi isso, e esqueci o assunto. Quando vi essa calça, nesse preço, naquele shopping da Zona Norte do Rio continuei pensando o mesmo que há 5 anos atrás: de que a futilidade não sai de moda.
Nós gastamos tempo, dinheiro, sorrisos, palavras, com coisas e pessoas fúteis. Algumas pessoas passam horas no salão pra estar melhor que a rival na festa, outras sorriem tanto que o sorriso chega a ser ridículo de parecer tão congelado e elas nem notam isso, outras compram uma casa no melhor bairro para ter o que mostrar para os amigos, outras namoram pessoas populares para serem aceitas em um círculo social, outras passam por cima de seus princípios por medo de ficarem sozinhas, outras compram aquela roupa horrorosa por um preço altíssimo só para ter uma etiqueta para mostrar.
A minha calça escolhida na semana passada custou R$19,90 e eu me senti maravilhada depois de vestida. Eu não me senti com culpa pelo preço, nem tentada a gastar mais. Valeu a pena, afinal, é só um jeans. Não era pra levarmos um susto com o preço da minha calça, mas sim com o preço daquela calça que é quase um salário mínimo.
E enquanto alguns gastam horrores com produtos descartáveis, há crianças pedindo cinquenta centavos na calçada do shopping, mas ninguém vê. As bolsas de luxo atrapalham.
1 comentários:
Olá!
achei seu blog procurando a musica que vc escreveu (Eu fui direto um objeto pra você brincar
Falei das flores falei dos sonhos)
eu tb adoro, ela toca na novela Cristal e é uma mulher que canta, mas tb não achei nome nem interprete da musica so aki no seu blog mesmo!
Renato russo foi um grande tb! adoro o CD em italiano dele!
bjs
Postar um comentário