Em nossa vida conhecemos diversos tipos de pessoas. Algumas pessoas tornam-se colegas de risada, de aula, de trabalho, mas alguns tornam-se amigos de verdade, do peito, do ombro, do coração, do olhar, do sentir com e do amor protetor. Algumas vezes esquecemos os amigos.. afinal, a vida é tão corrrida, e a gente casa, tem filhos, tem que estudar, entregar o trabalho no prazo, dormir, descansar. Esquecemos de quem nos ajudou, nos alegrou, nos ligou e foi no enterro do nosso pai, de quem nos abraçou na hora da foto, de quem contou que aquele carinha não prestava - e não prestava mesmo - e nem quis saber se nossa amizade seria abalada por essa verdade. Esquecemos do caderno de respostas, da fidelidade de amigas para sempre, da promessa de padrinhos de casamento, da calça emprestada, e do cupido daquela festinha. Esquecemos as piadas, o lugar guardado na aula, do recreio e do lanche dividido, de dormir um na casa do outro e das conversas até de madrugada. Esquecemos dos filmes alugados escondidos e do jogo da verdade ou consequência.

Algumas amizades nunca podem ser esquecidas. Algumas esquecemos sem querer. Algumas esquecemos querendo. Algumas choramos a falta. Algumas o tempo nos leva de volta. Algumas vivemos a vida toda. Todas elas têm sua importância, e todas elas nunca deveriam terminar.

Hoje duas amizades me fizeram pensar que eu jamais seria quem sou se não tivesse elas do meu lado. Essas duas amizades não se conhecem, e nem sabem que a outra existe, mas as duas têm grande valor dentro de mim. Uma delas me alcançou há 7 anos, no segundo grau. Época de espinhas e bobeira, de timidez e confiança exagerada no mundo. Época de abraçar, de chorar, de dar adeus. Amizade linda, abafada por kilômetros, e nem soubemos como ter comunicação. A vida não nos ensina a viver sem, e mesmo se ensinasse, nós não aceitaríamos. Hoje estamos aí: amigos! Juntos sempre, em coração, em cartas, em letras lindas, em telefonemas, em visitas-relâmpago, em juras de Canção da América. Dói? Dói sim. Dói não poder ajudar, não poder abraçar, não poder chegar quando quiser, esperar a próxima cartinha, esperar o dinheiro chegar. Mas vale a pena. Apenas por amizade.

A segunda chegou na faculdade, há quase 5 anos. Época de ser sério, gente grande, madura e jamais ser bobo. Mas essa amizade me fez pensar mais na vida, no que é criticar construtivamente, no valor de ser fiel aos conceitos, e além disso, de ser feliz, de sorrir, de brincar, ser o que somos sem reserva, a não dar tanto valor aos problemas e chorar quando se quer. Essa amizade me ajudou a construir a pessoa que sou hoje. Me ensinou a jamais desistir, a ajudar, a estar sempre junto. Me ensinou que ligar ou escrever uma carta é mais humano que simplesmente um scrap no orkut e que a tecnologia banaliza os sentimentos. Me ensinou que peder contato é triste. Essa amizade é pura, é perfeita, é adulta e boa demais, é bonita... e é pra vida toda.

Amizade 1

Amizade 2