quinta-feira, dezembro 08, 2005

    Me calo. É mesmo real a necessidade de proferir palavras ante uma decisão já tomada? E no mais, não sei se poderia quebrar o silêncio. Na verdade, não há como fazê-lo da caixa totalmente negra onde me encontro - jogada por seu ato -, tateando à procura da sua luz, que não sei como perdi. Ninguém ouve meu som mudo, e eu quase posso tocar o céu daqui. Há algo lá fora para mim?
      Eu não posso fugir de mim para estar em ti. Eu não consigo aliviar o peso, que a mim foi confiado, em algo já ultrapassado.
        O amor... curto, surdo, preso em um passado tão presente que chega a doer como a espera triste de um poema que nunca lerei, feito por ti.

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