De Léo Buscáglia
Lembra-se do dia em que tomei emprestado seu carro novo e o amassei?
Pensei que me mataria, mas você não me matou...
E lembra daquela vez em que o arrastei para a praia e você disse que ia chover, e choveu?
Pensei que ia dizer: Eu não disse?! Mas você não disse...
Lembra-se da vez em que namorei todos os caras para te fazer ciúmes, e consegui?
Pensei que você fosse me largar, mas não largou...
Lembra-se da vez em que derramei torta de morangos em cima do tapete do seu carro?
Pensei que fosse me bater, mas você não bateu...
E lembra-se da vez em que esqueci de lhe avisar que a festa era a rigor, e você apareceu de jeans?
Pensei mais uma vez que você fosse me largar, mas não largou...
É.. Houve uma porção de coisas que você não fez...
Mas me agüentou, me amou e me protegeu...
Havia muitas coisas que eu queria lhe retribuir quando você voltasse do Vietnã...
Mas você não voltou...
A pessoa que escreveu as linhas acima, suicidou-se numa praia brumosa em 1981
Pois é. Eu estava almoçando hoje com a Suzy e este texto estava escrito na bolsa de uma loja que ela fez uma compra. A vida passa rapidinho e a gente tende a pensar que sempre vai ver aquela pessoa que saiu pela porta chateada e poderemos pedir desculpas amanhã de manhã... Somos tão pequenos e nos pensamos grandes, somos fracos e nos sentimos fortes... Ledo engano...
segunda-feira, abril 18, 2005
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