terça-feira, maio 12, 2020

Exatos 10 anos sem aparecer. Encontro o texto abaixo em rascunho. Revivo emoções e incertezas.
Escrever é fuga.

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"É como um assombro o teu olhar no meu. O meigo calor do seu sorrir inebria meu corpo. Estremeço e anoiteço. Volto ao ontem a fim de resgatar-te. Estranho mover-se em mim... Há mais de ti em mim, do que eu." (2009)

sexta-feira, maio 21, 2010

"Na bruma leve das paixões que vem de dentro..."

domingo, março 14, 2010

se alguem numa curva me convidar
eu vou lá
que andar é reconhecer
olhar

sábado, março 13, 2010

Ainda meus olhos encontram os teus, mesmo nesta tua ausência.

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Ainda há o querer. Ela ainda pode sentir a liberdade como um fio na mão. Sente cores em si. Todas. Sente o mesmo andar, a mesma ansiedade de envolver as mãos nas suas. Mas como mudar tudo, se ela nem ri mais com os olhos?

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Ela esperou. Fingiu não chorar a demora. Fingiu acreditar na mentira. Driblou horrores de sonhos e pesadelos. Esperou. Seu corpo anseia aquilo que não é seu. Seus olhos procuram os dele. Suas mãos não podem tocá-lo, mas sua alma insiste em chamá-lo.
Ela acredita. Acredita nos dois. Poderia ter sido. E como seria? Dormiriam juntos, agregados ao amor. Seriam cúmplices, amantes, amigos. Seriam o hoje e o amanhã, sem o tempo. Entrariam na alma um do outro, pelo testemunho da perfeição.
Mas ele não vem. Ele não crê. Ele, simplesmente, não a vê.

quarta-feira, novembro 04, 2009

Reconstruo meu destino a partir do hoje. Portanto, decido. Serei eu, muito mais e sempre. Serei amores e paixões. Serei o prazer infindável do afago permitido - ou não. Serei força. Serei um cruzar de pernas no momento exato. Serei o sorriso que desarma. Serei o olhar que envolve e disfarça mágoas. Serei tudo. Não por você, claro. Por mim.

sexta-feira, outubro 02, 2009

Leia meu corpo, minha realidade. Sou a fuga que você precisa. Sou o vulcão estremecendo seu olhar. Sou a voz, a eterna deixa. Sou aquela que espera, e sente paz. Sou quem você vê ao fechar os olhos à noite.
Não vês? Sou única. Sou o que você quer ter.
Sou paixão. Brilho por dentro, esperando seu calor no meu.
Aquece-te em mim. 
Estou aqui.

sexta-feira, setembro 25, 2009

Carta à vida

Vida, peço-te mais vida. Mas não tempo. Tempo temos sempre, o que merecemos. Quero mais vida vivida, e de jeito bom.
Peço-te flores ao amanhecer. Não flores de jardim, que murcham. Quero flores dos olhos, daquelas que nascem ao ver o amor encarnado.
Peço-te conversa, bom papo, daqueles que vêm acompanhado de sorriso na porta de casa até a madrugada, e que lembramos pra sempre, com saudade de dia bom.
Peço-te um andar devagar, porque a pressa deixa tudo pela metade, e viver pela metade é o que não te peço.
Peço-te uma parada de vez em quando, pra pensar em ti, pra pensar em como pude viver a vida que me deu, pra lembrar daquele dia que sorri gostoso, pra lembrar do abraço dos pais, pra lembrar dos amigos que seriam pra sempre mas que deixei escapar porque sou egoísta.
Peço que me critiques, porque eu erro, porque sou má também, porque sou humana.
Peço que nunca me deixe acertar sempre, porque se for perfeita, posso ser só e errar mais ainda com as pessoas.
Peço-te pessoas. Muitas delas. E que algumas possam me ferir, pra que eu valorize outras, e eu mesma.

sexta-feira, setembro 18, 2009

Releia-me. Sou o infinito à procura do seu eu. Vista-me de ti, e sacia-te comigo. Sou a flor do prazer. Aumenta a minha vida em mil, passeie por meu céu. Olha em mim. Enxergue o que há aqui. Sou mais que corpo, mais que vozes. Sou mais que levitação. Uma estação. Em transe, transe comigo. Faça de mim seu abrigo. Ame a minha impulsão.

quinta-feira, setembro 17, 2009

Há um profundo talvez, e nunca serás, ou saberás.
Há uma vontade de inventar uma realidade, que persista na vontade de ser só minha.
Há um querer imenso, que preenche o ser, que anima e mata - ao mesmo tempo - de que sejas um comigo.
Há o riso, e o rancor. O querer, que vem com o anoitecer.
Entre tanto existir, há você, e eu, e um enorme vazio entre nós.
Ah, se seus passos pudessem caminhar com os meus... eu voaria. E alto. E sonharia, e transbordaria de imenso contentamento.
Beije-me. Faça-me voar pelo céu de sua boca, sentindo nuvens leves, com o saborear de nosso encaixe.
Dê-me as mãos, e sintamos a transformação do prazer mútuo.
Ah, se nossos olhares fossem um só... Se...

terça-feira, setembro 15, 2009

Este caminho nunca foi o meu, mas está sendo.
Fugi de mim, pra não cair em ti. Tentei esconder a dor, a frustração. Tentei, em vão.
Eu sempre volto e sempre sou, por mais que não queira - ou queira demais - algo de bom pra você.
Eu só anseio - de verdade - que um dia você possa saber.

sexta-feira, setembro 04, 2009

Voejar. Sentir a mão que acaricia o plácido pensamento. Andar descalço no escuro. Ir mais longe. Além. 
Rodamos o mundo, e voltamos para o hoje. 
Eu sou sua confidente, amante. Sempre.

Poréns

Não sei bem onde perdi uns dons que conquistara. Tentei voltar, tentei impor mais vontade. Em vão.
Mudamos. Fato. Mudamos porque o antigo poderia ser aprimorado. Mas mudar significa deixar coisas, e deixar faz a saudade voar até nós.
Tenho saudade do ontem, de muita coisa que vivi, mas eu tenho mais saudade ainda das coisas que eu penso em fazer e não faço por medo, ou não. Saudade do que não foi. Pode? Creio. Tenho saudade do que eu posso responder daqui a 5 minutos, mas não farei para não magoar alguém; tenho saudade do sorriso que eu não vou dar amanhã, quando encontrar o velho amigo na rua, porque acho que não vou reconhecer o rosto mudado; tenho saudade do cabelo que não vou cortar, porque curto é bonito mas grande também é; tenho saudade dos meus pais, que poderia ver hoje, mas não posso porque nossos horários são distintos; tenho saudade da mulher que posso ser daqui a 10 anos mas posso não chegar a ser, por medo de tentar.
Sofrer não é triste. Triste mesmo, é ser alegre com coisas que não mudam nunca, a vida mesma de cada dia, sem sustos ou atos inesperados. Talvez eu repita algumas coisas amanhã, mas quero tentar ser outra, tentar ser melhor. Talvez, tentar amar mais a mim mesma. Talvez eu desista de muita coisa, e abrace outras. Talvez eu grite um pouco mais com minhas razões, pra chegar a duvidar e não ser tão convicta de tudo.
Talvez eu sofra menos, ou mais. Tanto faz. Estou viva.


"Felicidade a gente encontra em horinhas de descuido" Guimarães Rosa

quarta-feira, julho 29, 2009

Retornar nem sempre é o pior. Voltar atrás, querer um recomeço, uma nova versão do que já foi.
Saber perdoar nem sempre é ser humilhado. Entender o outro pode ser o alcance de uma dimensão maior do que qualquer outra.
Olhar a vida com outros olhos nem sempre é ser maleável demais. Sempre há uma visão diferente, uma nova idéia das outras idéias, uma vez que o presente será passado daqui a dois segundos.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Tentei entender o porquê, a decisão de viver a vida como se quer. Tento, ainda, explicar ao mundo o "sim" e o "não". Simplesmente, acho que preciso parar de tentar.

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Estranho modo de sentir as coisas: Vi seu olhar no meu, e chorei.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

A vida levou-me ao laço dos cabelos da manhã. Vi-me envolvida em esperança, nos cachos da intensidade. Reconheci o brilho que o sol causava nas madeixas do amor, e pude notar que meu olhar sorria.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Sumo, apareço.
Caio, levanto.
Entristeço, não sei.
Canto, desencanto meu.

Sou feliz. Estou viva.

segunda-feira, novembro 10, 2008

Grand' Hotel - Kid Abelha

Se a gente não tivesse
Feito tanta coisa
Se não tivesse
Dito tanta coisa
Se não tivesse
Inventado tanto
Podia ter vivido
Um amor grand'hotel...

Se a gente não fizesse
Tudo tão depressa
Se não dissesse
Tudo tão depressa
Se não tivesse
Exagerado a dose
Podia ter vivido
Um grande amor...

Um dia um caminhão
Atropelou a paixão
Sem os teus carinhos
E tua atenção
O nosso amor
Se transformou
Em "bom dia!"

Qual o segredo
Da felicidade?
Será preciso ficar só
Pra se viver?
Qual o sentido
Da realidade?
Será preciso ficar só
Pra se viver?

sexta-feira, outubro 24, 2008

Fugacidade

sempre uma infinita vontade de fazer com que o “hoje” seja “sempre”. É que eu imagino um luar, mas o sol nasce; imagino o entardecer, mas a lua vem. O momento atravessa meu dia como flecha, e eu fico sem saber onde foi se esconder aquela piscadela que recebi do meu pai, ou a mão que minha mãe passou em meu ombro, ou o sorriso de minha amiga de infância, ou o que eu escrevi na areia quando me apaixonei.

Acho que o ontem, de anos atrás, passou faz tempo, mas nem notei.

terça-feira, setembro 02, 2008

Afirmação

Embora as adversidades demonstrem que não há futuro lógico para o que desejamos e necessitamos, cremos em tua Palavra, quando diz que podemos todas as coisas, e ao confiarmos nossa oração a ti, tua paz substitui nossa agonia, fazendo com que nossos lábios formem um sorriso aos céus.
Embora os “nãos” da vida façam com que lágrimas nasçam em nossos olhos cansados, acreditamos que enquanto uma rosa se abrir, há sentido em dizer “Esperamos em ti!”.
Embora tantas dúvidas apareçam, e pessoas e amigos nos entristeçam, há como alegrarmos nossa alma, ao pensarmos que um Deus tão grande torna-se nosso protetor e amparo, em vivências de vento e dor.
Embora haja sofrimento no mundo, acreditamos no bem, na força de um abraço e de um ombro disposto a acolher.
Embora a lágrima caia, teu olhar nos aquece, fazendo com que nossas incertezas tornem-se esperança.

sexta-feira, agosto 22, 2008

Esperança

Pai, esperar tua luz
É como alcançar tua mão,
Andar descalço na terra,
Cantar uma canção.

Esperar tua luz
É como o vento de manhã,
Suavidade sem notícia,
Doação imerecida.

Esperar tua luz
É como uma ave colorida,
Flor que brota vida,
Alimento à alma ferida.

Esperar tua luz
Faz-me tão mais belo,
Sentimento tão singelo,
Razão de todo o ser.

Esperar tua luz
É como nascer todos os dias,
Crer no fim da agonia,
Ver um sorriso de pura alegria.

É como um leve entardecer,
É ver todas as gentes unidas,
É ver muita criança correndo,
É ver tudo renascendo.

sexta-feira, agosto 01, 2008

Pai,
Que tuas gotas de bondade caiam em nós, fazendo com que nossos caminhos sejam retos e puros, enlaçando-nos em perfeita harmonia e singeleza.
Que tuas mãos acariciem nossos olhos, e que vejamos além do que existe, crendo no futuro de justiça.
Que teus passos levem os nossos para campos verdes e maduros, fartos de crianças, sorrisos e abraços.
Que a insegurança seja transformada em crença, e que o rito da gratidão seja diário.
Que nossas mãos sejam uma com as tuas, e que o amor transborde o nosso presente, fazendo com que o amanhã seja sempre melhor.

quinta-feira, julho 31, 2008

Reafirmo minha crença nEle, ainda que o mundo tenha como convicção atual a ganância e a impureza.
Reafirmo minha crença nEle, ainda que meus anseios sejam muitos, se comparados à realidade.
Reafirmo-me dEle, cantando a canção do amor ao próximo, aos carentes de luz e sorrisos, e aos que têm a alma aflita, porque onde houver necessitados, ali Ele me colocará, a fim de ser luz em meio às trevas do coração de alguém.
Reafirmo minha crença, sendo eu pequeno, mas com o coração inundado de esperança, que faz com que meus caminhos sejam cheios de ares de graça e infinita bondade.

quinta-feira, julho 24, 2008

Sexta-feira passada soube que tinha show grátis na Praça XV (aqui no Centro) da Sandra de Sá. Me animei toda pra ir e convidei umas amigas. Uma delas disse "Sandra de Sá? Tá de brincadeira, né?". Que engraçado... eu fui ao show e adorei. A mulher canta muito e tem uma presença de palco empolgante. Não sou uma fã de carteirinha dela, mas tenho que reconhecer o talento quando encontro.
Lembrei de quantos Josés e Marias neste mundo têm talento e estão sendo desperdiçados, porque não têm a chance de demonstrar seu valor. Lembrei dos inúmeros músicos que já vi no Centro do Rio, nas esquinas, tentando ganhar a vida. Não pude deixar de lembrar que recentemente um cantorzinho barato lançou uma música ridícula que diz Ado, ado, cada um no seu quadrado, e esta coisa horrenda toca hoje em diversas rádios e o cantor é convidado para frequentar os melhores programas.
Se o fim dos tempos não é isto, não sei mas onde vamos parar.

quinta-feira, julho 10, 2008

Hoje fiquei tão triste... O Webloger enviou um e-mail a todos os pasrticipantes do site e disse que nossos blogs tão queridos seriam excluídos, pois o ele estava terminando seus serviços, e nós nada podemos fazer. Entrei hoje e salvei todos os meus textos. Notei que postei somente 27 vezes, em dois anos do blog. Percebi que sou relapsa e distante. Percebi que aqui também não é diferente. Por isso. voltarei mais vezes, mesmo que lida por poucos. Vou começar agora...
Abraços

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3/12/2007 16:40:00

E é quase como um vazio, ter você. Porque eu não sei quem sou, ou pra onde vou, ou o que é o chão. Sou assim, fora de mim, quando te vejo entrar pela porta, dizendo tudo o que eu sempre quis ouvir. Você corresponde a tudo, mas eu não sou nada. Sou como um peixe sem água, ou a planta sem terra. É como se você fosse o tudo, e eu o começo de algo que não foi, nem será.Sou pequena com você, mas não sei viver sem te ter.

terça-feira, junho 03, 2008

Apenas crianças

Eu amo crianças Esta foi a frase do personagem de Ed Harris ao ser morto no filme Gone Baby Gone, quando confundido com o raptor de uma criança.

A fala do personagem caiu sobre meus ombros, como o peso do mundo, e meus olhos ficaram nebulosos por um instante. Pensei em tantas crianças que vejo nas ruas, sofrendo, chorando, com fome. Busquei, na memória, o número de vezes em que vi uma criança caída na calçada e não me emocionei. É difícil dizer, mas não importa mais. Acostumamo-nos com o feio, o imprudente, o nojento. Acostumamo-nos com a sujeira, com a nudez infantil, com a conversa adulta de meninas de 8 anos. Lembrei do dia em um amigo me contou que ele e seus irmãos foram estuprados, diversas noites, pelo pai. Ainda lembro do rosto dele, de sua voz embargada, contando algo tão íntimo, tão triste, e tão indigno. Lembro que chorei ao saber, que fiquei dias imaginando as cenas, e que elas eram vivas em minha mente, como se estivesse . Porém, pouco tempo depois, a idéia estava dentro de mim, como parte de uma vida real e impune, que nada mais se pode fazer.

Hoje, no ônibus, duas crianças de, aproximadamente, 7 anos sentaram no banco atrás do meu. O menino estava contando acerca de uma surra que havia levado ontem, e contou sua travessura. A menina respondeu Você não sabe o que é uma surra. Eu apanho todos os dias. A minha avó, qualquer dia, vai me matar. Olha as marcas no meu braço.” Quando a menina disse isto, olhei para trás, e o que vi me causou náusea; senti um soco em meu estômago, o soco da verdade, nua e crua: os braços estavam marcados, com manchas e arranhões. A menina mostrava, como algo naturalmente simples. Tentei imaginar o que ela teria feito todos esses anos, para que apanhasse tão grosseiramente, para que andasse com marcas visíveis, para que concordasse em sentir o peso de uma mão adulta todos os dias.

Ao digitar pedofilia, no Google, pensei encontrar artigos, opiniões, textos informativos, algo que me mostrasse que a humanidade ainda se importa, que aindapessoas sofrendo ao pensar em crueldade tamanha, porém, a decepção não tardou a chegar, quando, na primeira página, me deparo com um a divulgação de um site gritando: Busca aqui! Imagens: Pedofilia! Meninas de 13 anos transando!

Às vezes tento imaginar quando, em que banco de praça, o homem deixou seu amor. Tento entender como o homem, criatura de Deus, desistiu da bondade, plantada por Ele. O amor deixou de ser dom de todos, e passou a ser raridade. É difícil encontrar alguém bom, e, quando esse alguém é encontrado, elogios não lhe faltam. Por quê? Porque não é fácil encontrarmos bondade no mundo.

Desci do ônibus impura,indigesta. Pensei em minha vida, em meus problemas, e vi que não possuía nenhuma parcela de problema que me tirasse o sono. Pensei na menina surrada, doída – por dentro e por fora. Será que é somente surra? Será que durante a noite, alguém não atravessa o quarto e a acaricia? Será que a vida dela a mostra quem ela é? Com que imagem de família, de amor, ela vai crescer?

A definição de lar, no dicionário: casa de habitação, casa, família. Mais de 60% dos casos de abuso sexual infantil são praticados dentro de casa. Esta estimativa deixou-me com o coração ferido. Pais, mães, tios, avós, primos... pessoas que confiamos, pessoas com as quais nos sentimos à vontade para falar qualquer coisa. São estas as pessoas mais cruéis nos casos de pedofilia. Uma criança maltratada, estuprada, enganada, em seu próprio lar, jamais terá a chance natural de constituir uma outra família. Uma criança sem amor, sem proteção, fadada ao preconceito social, ao choro comedido, à vergonha, ao fardo que se carrega sozinho. Este é o retrato da criança que sofreu com abusos no local onde deveria ser seu refúgio.

O Brasil, um país rico em belezas naturais, em gente bonita, em simpatia, também é rico na exploração infantil, no tráfico de drogas envolvendo menores, na quantidade de crianças nas ruas. Um país abençoado, se amaldiçoou, curvando-se para o preconceito, fechando os olhos para as mãos dos pedintes nas ruas, fingindo não ver o choro do que sofre e sente dor.

Criançaseu pensei – são apenas crianças, traídas pelo ser humano, pelas mãos que as acariciaram no ventre, por aqueles que prometeram amar, cuidar e batizar. Traídas pela confiança, pelo senso natural de acreditar em quem nasce na família, no mesmo sangue.

Em que tipo de família criamos nossos filhos? Que tipo de lar os acolhe? Que tipo de adultos elas se tornarão? Que tipo de exemplos elas terão?

Quem são as crianças que morrem todos os anos de depressão? Quem são elas? E por quê? Porque nós ainda permitimos isso?

Eu amo as crianças.

terça-feira, maio 20, 2008

Afirmação - Culto de Pentecostes

Sentir Deus é como pisar em grama molhada e saber que logo voltará a chover, para abençoar as plantações. Crer nEle, portanto, é ter ciência do sim, do porquê, da verdade absoluta de ser cuidado e mais que isso: amado.

Se o passo que tentamos ensaiar frente à vida tornar-se tão longo e escuro, resta-nos pousar as mãos sobre as dEle e deixarmo-nos livres, para sermos guiados pela perfeição de seu olhar, de sua voz.

Se o choro vier acompanhado de dor e a falência da alma tornar-se imediata, resta-nos saber que a paz que vem dEle alivia qualquer aflição.

Sendo nós, filhos queridos, resta-nos confiar, agradecer e dormir. Ele está aqui.